Segunda eu postei, mas devia haver uma barra de ferro amarrada aos meus pés. Eu simplesmente deixei a postagem, a criatividade e a inspiração fugirem. Três fugitivas valiosas, diga-se de passagem.
A semana não se arrastou lentamente como sempre ocorrera nos últimos 19 anos de minha vida, mas provou o que me disseram há muito tempo sobre a passagem rápida da vida após os 18 anos. E, apesar de saber que isso é só uma crendice popular idiota, eu realmente acho que isso acontece de fato.
Pois bem, eu passei um baita (pra não dizer aterrorizante) susto no dia seguinte à minha postagem vazia: meu pai foi acometido por uma indisposição que quase lhe custou a vida e não quero adentrar esse assunto em demasia, porque não sou adepto de contar tanto detalhes sobre meus dias. Afinal, o que importa (agora que tudo ficou bem e o susto passou) é a lição que era pra ser tirada disso.
'Era'.
Eu agi, protegi, fui solícito e não saía do telefone, mas não me surpreendi de verdade com os acontecimentos. Quero dizer, eu temi muito perder o meu pai, mas não tomei aquele 'tapa na cara' que constumava me acordar em situações complicadas. O que havia acontecido?
Onde estava o cara chorão e familiar de outrora? Onde estava o cara que aproveitava as quedas para dar impulso pro alto?
Foi aí que eu percebi:
Aquela barra de ferro do começo do texto não só me sufocou e prendeu, mas também me tornou um cara chato, literalmente, pois nada sobressaía à superfície da minha essência.
Era triste, mas era verdade. Até mesmo o cansaço fazia parte dessa fraqueza invisível que se apossara de mim.
Ali, então, resolvi brandir minha espada e caçar não só as três foragidas que já me referi, mas também o verdadeiro espírito de mudança que preciso.
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