Não me surpreende não ter leitores.
Afinal, quem leria um desconhecido? Quem teria a audácia de apoiar um simples blogueiro?
Aliás, não me surpreende não ter familiares e amigos por aqui - eles são os que mais sofrem com essa minha opção pela escrita descarada e livre de qualquer restrição. Deve ser bem difícil lidar com uma pessoa que trata de assuntos tão fora da realidade social e familiar. Quem - numa família - discute tanta coisa de uma vez só?
Não conheço ninguém que tenha coragem de ir direto às próprias feridas, de falar abertamente sobre religião, moral e bons costumes... Não conheço um ser que ponha o dedo na minha cara e diga: "você está errado".
Me faltam companheiros ao passo que me faltam inimigos!
Ó, qual homem sobrevive sem tais pessoas?
Não, eu não sou altivo à ponto de ninguém me alcançar - nem mesmo os inimigos. Eu só trato de assuntos que provam a altivez dos seres, ou a tentativa de sê-lo.
Verdade seja dita: ninguém sai da sua toca para tocar os astros. Ninguém sai da sua hiperprotegida zona de conforto pra falar de um assunto que não considere de suma importância.
Aqui, no mundo que conheço, todos se acham grandes o suficiente para não tratar de assuntos que os tornam ignorantes, confusos ou pequenos. O ser humano não é ensinado à procurar respostas. Ele se degenera quando acha que as encontra através de livros, ditados e ensinamentos - sagrados ou não.
A raça humana está fadada ao 'tornar-se-igual', está fadada à busca pela cura do desespero e opta por trajetos bem menos humanos.
Ainda bem, no entanto, que, vez ou outra, surge um indivíduo que se levanta, protesta e coloca o dedo na cara de quem o incomoda. Sem querer escrever livros para grandes públicos, sem querer traçar regras para todos seres, ele se submete a viver sua própria filosofia e tocar somente aquele que quer tomar sua filosofia emprestada para escrever sua própria.
Esses sim são dignos de meu respeito!
Nenhum comentário:
Postar um comentário