
De que adianta tomar doses cavalares do antídoto misantrópico para curar uma overdose social sem igual?
Troca-se uma doença por um vício e assim caminha o humano que vos fala...
Com a mente exausta de tantas mesmas histórias, risadas e encontros, retirei-me.
O fiz, sim. Mas o fiz sem medir as consequências.
Pra não deixar tudo em meias palavras: é difícil permanecer sozinho.
Depois de uma extenuante saga de aprendizados, mesmices, rotinices, manias e brincadeiras, a vida lhe cobra um preço. O meu foi caro.
Cheguei visivelmente firme nesta fase, mas incompleto. Parti pra cima de um obstáculo que não conhecia e hoje não me sinto devidamente recompensado. E o pior de tudo é que fui sozinho, claro.
Sou muito competitivo e isso talvez explique boa parte do problema (para ilustrar, ás vezes disputo comigo mesmo só para ver até onde chego): luto por mim e sei que cada um luta por si, mas na hora de compartilhar a campanha, muitos se negam a tratar sobre as derrotas - detalhes que não deixo passar nem morto.
Nunca conheci viv'alma que se recordasse de sua própria derrota. Na hora das lembranças e dos reencontros, todos são demasiadamente falsos e inertes, como se o passado não pudesse alterar a estrutura entre os seres que ali se encontram. É ridículo!
Os dias antes distantes já chegaram e já se foram. Hoje somos outros, somos lobos. Não quero vestir-me cordeiro (ainda mais de deus) por conta de um passado bom, mas já superado.
Caminho andado é caminho superado. E eu prefiro caminhar assim: olhando pouco para trás, para os que ficaram.
E, enquanto caminho, flagro belas e novas imagens como essa acima: uma bela e nebulosa manhã dominical.
Um comentário:
Eh aquele negocio, que nem time de futebol, quando ganhamos, TODOS ganham, quando perdem, um quer jogar a culpa no outro ! Mais o imnportante eh sempre VC ter consciencia de tudo que fez !
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