Um dia encontrei com um parceiro de longa data. Falávamos de como é ser blogueiro e não ter leitores. Tentávamos decifrar qual o motivo de ter um blogue.
Chegamos à conclusão óbvia: o gosto em escrever, a sensação da realização de uma obra e o sabor de saber que aquilo é seu por direito - apesar de estar solto, liberto.
Sim, uma postagem não deixa de ser uma obra. Ela é o fruto de um momento seu.
Tanto é, que eu prefiro postar na hora. Sem planejar, sem transcrever o texto. Publicar é mágico e deve ser feito com sinceridade acima de tudo.
Não existe nada mais sincero que a espontaneidade, a aleatoreidade do que se passa na sua cabeça. Sempre publico o que me convém e isso já me basta.
Porém, não seria exagero se eu dissesse que minha grande dificuldade em postar e seguir um padrão ou compromisso se refere a essa falta de vida à minha volta. Falta-me não só companhia, mas também 'autosinceridade'.
Não agonizo somente por falta de companhia, mas sim por minha própria culpa. Eu preciso viver o que escrevo! Eu preciso ser as letras de meus escritos insanos!
Eu deveria ir de encontro ao texto e ele deveria vir de encontro a mim.
Numa dessas idas e vindas, quem sabe, eu não encontro mais alguém disposto a viver os versos?
Foi assim que encontrei alguns raros perdidos por aí... Será que existem mais?
Não perco as esperanças, afinal... As pessoas são poucas, mas os versos são muitos!
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