sábado, 18 de julho de 2009

Números, memória e saudades (com um dia de atraso)




Vinte e quatro anos desde a última conquista.
Dois meses depois da morte de um heroi nacional.
Cinco meses de um novo plano econômico.
Quinzes anos antes de eu acumular cinco copas, três finais e dois títulos.

Era jovem demais para compreender o valor da partida e o sentimento do povo. Mas, ainda assim, lembro-me da torcida.

Pagliuca beijando a trave, Baresi marcando Romário e o calor escaldante de Pasadena não ficaram fixos e em minha memória.
Marcantes foram meu pai, minha mãe e um grupo grande de amigos que, como todos os brasileiros, faziam um estardalhaço naquela tarde de julho. Eu, que não entendia muito de futebol, só os assistia e guardava comigo os comentários. Apesar do nervosismo evidente, o fim todos conhecem.

A primeira final foi decidida nos pênaltis com a ajuda de um brasileiro debaixo das traves e um italiano desperdiçando a cobrança derradeira.
No dia 17 de julho de 1994 o Brasil parou como sempre e vibrou como nunca.
Eu estava lá para ver.
Durantes esses quinze anos, ele pararia mais três vezes e explodiria em uníssono em apenas uma.

Perto de completar duas décadas e carregando comigo um currículo de torcedor canarinho fanático, não nego: sinto saudades de toda aquela emoção.

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