
O que mais me intriga nessa brincadeira de me misturar - tarefa cada vez mais ingrata frente aos resultados obtidos - é observar os mesmos ideais e as mesmas figuras proliferarem como moscas num mar de fezes.
Digo isso porque o fim de semana me rendeu, mais uma vez, uma socializaçãozinha piegas. Não quis ir por ir, mas por considerar o tempo que já fui outro e eles, que ainda são os mesmos, eram como eu. Fui por respeito e saudosismo.
Lá, como se não bastasse ser obrigado a me refazer do susto de me ver tão isolado dos demais, ainda tive que engolir em Zé Cueca explanando sua dita verdade a plenos pulmões.
A consideração pode ser grande, mas quando a combinação entre a busca incessante por sucesso na turma e a falta de confiança entra em cena, não dá pra suportar. É muita merda pra pouco esfíncter.
Eu, que sempre desconfiei de quem fala em tom sábio - ainda mais sobre uma notícia recente importante suscetível a enganos e especulações -, imagine só de um garotão que sobrevive de confetes jogados por ele próprio?
O único valor que atribuo a este séquito da boa lábia é a percepção sobre o populacho que sua rasa incursão me propiciou.
Como de costume, no fim da reunião, tudo igual. É a impressão que eles querem comprar e é a impressão que eu não hesito em vender.
Estamos diferentes, não nego. Eles, porém, insistem em mostrar os mesmos sorrisos intactos.
Sim, amigos seremos. Mas não garanto ter estômago e ânimo para agir como sempre.
Afina, essa velha história de fraternidade enjoa. Quero novos amigos ou novos amigos velhos!
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