Ontem saí apressado e atarefado mesmo com o céu prometendo algo.
Não demorou e a manta cerúlea pôs-se a deitar sobre mim o 'chuvisco ocasional' da previsão do tempo.
As pessoas ao redor corriam, franziam a testa, ou se protegiam... Todas, exceto um senhor de idade sorridente. Parado sob a cobertura de um comércio, não tirava os olhos do horizonte.
Curioso, entrei no boteco e pedi o refrigerante da promoção - aquele famoso, do Noel - para gelar a garganta naquela tarde quente. Quis cumprimentá-lo, puxar papo, mas desisti. Sentei-me numa cadeira a degustar o refresco, enquanto o velho degustava seu belo dia. Chuva e Sol, juntos. Goles e sorrisos.
Não demorei a ir embora, encharcado.
O velho ficou lá, sorrindo. Devia estar gostando de lembrar de outros tempos e de outros dias de chuva e sol. 'Hoje a água acumula, prolifera, enferruja e adoece. A chuva de hoje não lava mais', devia pensar ele.
E eu concordei rindo da sorte de ter gasto muito menos que R$0,99 para perceber tudo isso.
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