domingo, 8 de novembro de 2009

A saga de tudo quanto é morto

Um dia o cara pegou a mala velha e mofada do fundo do baú e colocou sobre a cama.
Juntou roupas, algumas tralhas insubstituíveis e jogou tudo lá dentro, num ínterim. Aí, quando foi se preparar para sair, sentou e admirou o vazio da parede. Poucos, mas suficientes segundos para desfazer as malas.
Sentou-se novamente, mas dessa vez no chão. Pensou no motivo de sua indecisão e preferiu não querer saber. Seria pior, sabia ele. Afinal, sempre fora muito bom em autodestruição e autocomiseração.
Levantou-se lentamente ecoando por dentro as lamentações de outrora e guardou a mala, dessa vez sob a cama - só por garantia.

Um comentário:

FalsoPrisonBlues disse...

Você sabe o tipo de coisa que eu costumo ler...
Dito isso, nem preciso falar o que achei, não é?