quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O peso que a vida dá

Bukão mirou-se no espelho. Viu um emaranhado de barba, olheiras e rugas.


Lavou o rosto e nada mudou. Pensou que tal costume era bobo e não despertava. Não sorriu como de costume. Não se divertiu com sua típica acidez. Pelo contrário.


O semblante fechou: percebeu que a vida não era, nunca foi, jamais seria - e seu reflexo era a prova disso - leve.



A vida era curta, sim. Mas levá-la numa boa não era necessariamente uma boa dica. Se ela era curta, não seria bom, então, levá-la a sério?!

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