A temperatura caiu repentinamente nesta semana e eu não fiz valer Shakespeare: "Ao avistarem nuvens, os sábios vestem seus mantos".
É verdade, isto se aplica na prática. Mas pensem bem, pois foi o que fiz): ficar de cama é uma ótima oportunidade para se reerguer e reavaliar todas as suas falhas e ilusões.
A noite de ontem foi fria e estranhamente clara e me fez um terrível bem.
Muitas idéias me pegaram de surpresa e a primeira impressão que muitos poderiam ter era de que estava deprimido e abatido. Porém, vejam bem: o que seria o choro, senão a ausência do riso? Óbvio? E se eu disser que essa ausência, esse profundo desgosto é que faz muitas coisas se moverem ou alterarem?
Quando criança você aprendeu com lágrima e dor que não devia pular do sofá ou beber leite quente. É por aí que as coisas caminharam e você se tornou isso que é. Claro, cada um é de seu jeito, pois cada um se manifesta de maneira diferente diante dos obstáculos.
Afirmo, então: sem perda, dor, empecilhos e desagrado não há ação, reação e revolta. De que forma, então, poderíamos dobrar-nos sobre nós mesmos sem aquele choro amargo que sempre vem acompanhado da decepção? Sem isto não somos nada. Leiam- me: NADA!
Bom, para não me prolongar e atrasar (enfim, um evento social de importância que envolve velhos amigos) encerro por aqui. Mas posso dizer do alto de meu corpo febril e de minha mente insana que devo muito à minha incrível dama que ontem, como sempre, me animou e mostrou com maestria de onde vim e quem realmente sou.
Amo-te, Júlia.
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