Se constrói e se enrijece num ciclo incansável.
Hoje, 4 horas da matina levantei-me e, como de costume, demorei para cair na realidade e fiquei me vestindo e tropeçando nas calças, imaginando estórias sem me dar conta que ainda sonhava acordado.
Logo de cara fui me confrontando com uma daquelas intrigas familiares rotineiras e me postando de forma defensiva na linha tênue que separa a boa e a má relação com o pai. É PRA FODER.
O trabalho em si não assusta, pois ele não passa de um fardo a mais pra quem carrega Amargor e Vontade na algibeira. E, se a questão não envolve responsabilidades ou o indesejado retorno à rotina, se deve ao quê, muleque reclamão?!
Eu digo ao quê se refere. E grito se for preciso, porra!
Será que ninguém percebe a deterioração leve das coisas e essa constante busca do ser humano de mascarar sua insatisfação? Vejo a maioria dos infelizes seres humanos com vontade de transformar um verso de algum poeta bem popular (leia-se apenas popular e não ruim) em verdade profunda, sendo que, no fundo, aquilo não passa de um verso de incentivo para um ser mal-tratado e mal amado.
Claro, há esclarecimentos pendentes, como: 'A Maioria' é diferente de'Todos', afirmo tudo isso com base em conversas com pessoas distintas, não me considero superior ou inferior a ninguém e acho válido todo e qualquer tipo de incentivo.
Portanto, a partir de tais ressalvas, construo o alicerce do que defendo na vida. Algo, que se passado para anedotas e ditados, soaria como 'o choro é o riso futuro' ou 'a música, a reza e a fé nos elevam', mas que se enquadra melhor nos seguintes versos escritos por mim, algum dia:
"Hoje, sentado no banco traseiro do carro, pude ver a desgraça humana em evidência.
Pessoas se arrastavam, arriscavam sorrisos e se chocavam em abraços cheios de carência
Havia música no ar e uma leve atmosfera de espera. Aguardavam um final de semana,
Uma festa, um show. Aguardavam um tal senhor, uma propaganda.
Ansiavam o grande amor e aguardavam um motivo para amar a vida,
Mas, acima de tudo, amavam a vida porque esperavam, carentes, a tal batalha vencida.
Ali, sentado e também esperando, eu pude perceber o que esperava por nós na curva à nossa frente: O Fim"
Pra sacramentar uma postagem grande e cansativa, termino afirmando (como tanto gosto):
-Usem a queda, a raiva e a insatisfação para viver. Se o homem não necessita apenas de pão para viver (parafraseando um livro famoso), necessita apenas de sorriso? A queda é a satisfação em sentir o erro te transformar e tornar útil o seu ódio. Vamos nos mexer e parar de mascarar algo tão visceral e inegável.
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