sábado, 11 de outubro de 2008

Instinto de Rebanho


O neoliberalismo e a globalização indo por água abaixo.
A tal da crise.
O assunto, o medo e a bola da vez.
Há quem diga que respingue em nós. Não duvido. Aliás, quero mesmo que respingue. Ou melhor; que atinja por completo!
Estamos à beira de um colapso! Vejam só onde chegamos:
Dinheiro, minha gente. Dinheiro e uma chuva de iPods, soluções tecnológicas para problemas que nunca tivemos e pessoas cada vez menos pessoas.
E ainda há quem diga que as pessoas estão cada vez mais individualistas e distantes. Esqueceram de avisar aos críticos sabichões que todos têm algo em comum. Algo bem verdinho e sujo. Algo que compra a tal da liberdade fajuta de reclames e estandartes.
Não, no mundo contemporâneo não enxergo pessoas afastadas umas das outras, não. A proximidade se constrói naturalmente. Ninguém é obrigado a grudar no outro como muitos sofismas e dogmas pregam em qualquer esquina, pois o capitalismo transcende o mundo atual. Ele nos leva de volta à raíz humana: à competividade e à conquista.
E o mal do homem não é a competividade e o desejo de conquista, mas sim a negação destas. Como quando nega a morte tão evidente.
O problema é esse instinto de agrupamento do homem. Nietszche dizia que "a moralidade é o instinto de rebanho no indivíduo", mas eu o reafirmo usando sua frase na realidade atual: todos precisamos de referências e, por isso, nos perdemos dentro desse rebanho.
A questão não é eu gostar ou não do capitalismo (aliás, o detesto) e também não é agrupar o máximo de pessoas, mas sim se encontrar ao extremo. Assim, encontra-se o outro também.
Mas, para não sair do meu jeito reclamão e ranzinza, guardo o resto das conclusões para mim.
Afinal, eu as conquistei e não estou muito afim de vendê-las, pois o momento econômico mundial não é muito propício.

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