O protesto empolgou muita gente, é verdade.
Os organizadores mesmo ficavam admirados ao ver a multidão crescendo de sala em sala...
Mas, para ser sincero - e não dizer ácido e chato -, eu não vi ninguém realmente engajado e interessado. Muitos só ficaram sabendo do estopim da manifestação lá mesmo, na 'passeata'.
Mas não sou contra, não. Muito pelo contrário...
Afinal, só de ter um protesto por lá já é algo considerável.
O último, segundo uma veterana, aconteceu quando a PUCC resolveu acabar com o chamado platô e construir em seu lugar a Reitoria. Lá, o pessoal de arquitetura expunha suas obras e a galera da universidade se encontrava (para 'pitar' uns também, segundo outros 'passarinhos').
Tá, legal. Voltemos aos tempos atuais...
Há quem diga que não aderiu ao 'movimento' por não querer se misturar à massa de filhinhos de papai, ou que existem outras reivindicações mais urgentes a se fazer.
Bom, quanto a isso eu não discordo. Nem concordo, tampouco.
A verdade é que a PUCC é um reduto de filhinhos de papai - inegável. Se não gosta, direito seu. Se pagas, és um deles. Se não, está também no seu direito.
Há coisas mais importantes a se reivindicar? O quê, então? Se há, mexa-se!
Bom, eu notei uma empolgação, uma curiosidade dos alunos ao verem tal baderna. Algo que só se explica captando o perfil da juventude de hoje. Algo no qual estou inserido e não nego, claro.
Era um interesse, sim. Mas um interesse muito mais 'sentimento de rebanho' que revolta em si.
Eu vi os olhares perdidos e assustados na praça de alimentação e pensei comigo mesmo que aquilo era o reflexo de uma geração não muito acostumada com o que antes já foi típico dos jovens.
Não. Não só sem causa, mas também seguidor de causas mil!
Bem pior do que parece.
A PUCC não tem segurança? Isso é fato.
O protesto foi bem intencionado? Claro.
Mas não confundam aquilo com movimento estudantil e vontade política, por favor.
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