
Ela chega, confunde-se com cada detalhe daquilo que sou. Espalha-se no cômodo e abre um sorriso de soslaio: é o jeito dela de se refestelar no conforto do nosso mundo.
É lá que estamos outra vez, afinal. Eu perdido encontrando-me nela e ela perdida, recostando-se em mim. Perdidos, encontramo-nos.
O caos não reina só lá fora, ela sabe. E ela o é, de certa forma. Assim como eu, possivelmente.
São alguns anos já, mas não nos importamos de fato.
Perguntam-nos o segredo, ou enchem-nos de razões pétreas e sentimentalismos racionais em demasia, enquanto ficamos em silêncio sob a morada do nada, onde tudo pode surgir.
O amor existe, mas não precisa ser sobrepujado por aquilo que talvez seja extravagância.
Bem, na verdade nem pensamos muito nisso... Só estamos aqui, eu e ela. Ela encontrando-se em mim e eu recostando-me nela. E vice-versa.
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